terça-feira, 30 de junho de 2009

Aulas de 16/06 e 23/06

Nestes encontros discutimos o texto " Práticas de Linguagem Oral e Alfabetização na Escola: Perspectiva Sociolinguística" de Ana Teberosky.
O mesmo vem abordando o contexto ligado à aquisição da alfabetização, como as crianças desenvolvem e ampliam sua comunicação oral e escrita e no que a escola se diferencia da casa da criança neste processo. Vejamos os aspéctos mais relevantes que pude observar do texto:

* Há a necessidade dos professores aproveitarem em suas aulas os conhecimentos que as crianças possuem antes de ingressarem na escola.

* É necessário oportunizar durante as aulas momentos em que a criança seja capaz de construir seus próprios conceitos em relação à situações-problema do seu dia-dia, criando autonomia e segurança, sendo de fundamental importância na aquisição da alfabetização.

* As práticas de leitura e escrita variam de acordo com o contexto do meio em que a criança vive. Podemos comparar a experiência de uma criança que vive num ambiente em que a leitura não não faz parte da rotina de sua família, sendo vista como lazer com a de uma outra onde a leitura é constante em seu cotidiano e no de sua família. Sendo assim, nós professores não podemos desprezar as crianças que apresentam maiores dificuldades na aquisição da alfabetização. Devemos desenvolver seu potencial, reconhecendo sua capacidade e valorizando seus avanços por menores que sejam.

* No processo de alfabetização da criança pode ocorrer a variedade linguística, onde onde ela será alfabetizada de acordo com a linguagem e dialetos da região onde mora.

* Em algumas comunidades a escrita e a leitura são parecidas com a maneira que se fala.

* A alfabetização deve ser vista como um ato comunicativo, sendo necessária para o convívio em sociedade.

* A escola não deve mostrar à criança que sua família se expressa de maneira errada e sim que utilizam uma das possibilidades da linguagem e que devemos adequá-las de acordo com o contexto.

* As atividades de elaboração de um texto coletivo, roda de conversa e hora da novidade com a turma são essenciais para que as crianças consigam organizar o pensamento para dar continidade à história, sendo trabalhada de maneira conjunta. Com a prática, os alunos já se organizam, negociando os turnos de palavras entre eles e interagem. Dessa maneira se cria um comportamento esperado, como por exemplo a coerência e hora certa de se pronunciar.

* Mesmo sem ter o domínio da leitura e da escrita a criança já constrói textos. O professor deve deixar a criança à vontade para realizar seus registros, sejam eles através de desenhos ou histórias narradas onde ele será o escriba da criança para que a mesma não fique apenas na oralidade.

* Nós, professores devemos construir pontes entre ambas formas de utilizar a linguagem, mediando a prática social do aluno. Ao invés de corrigir, argumentá-lo para que ele reflita em relação a linguagem utilizada.


É de fundamental importância que os professores em suas práticas estejam cientes de seu papel como mediador do processo de alfabetização, atuando de maneira a formar alunos pesquisadores, questionadores e leitores.

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